E-commerce veio para ficar: vendas online continuarão intensas após a pandemia
Diante do isolamento social provocado pela pandemia, o brasileiro precisou adaptar seus hábitos de consumo. Do básico e essencial ao luxo e lazer, todos os itens que antes não eram ofertados online, passaram a ser.
Por isso, o e-commerce é um dos setores que cresceram em meio à instabilidade da crise global de Covid-19 e diversos dados confirmam essa realidade no cenário brasileiro. O e-commerce no Brasil faturou R$ 9,4 bilhões em abril de 2020, quando o isolamento social começou a fazer parte da realidade dos brasileiros. A título de comparação, o setor de e-commerce durante a pandemia faturou 81% a mais do que no mesmo período do ano anterior. O mesmo levantamento constatou que, ao todo, foram realizadas 24,5 milhões de compras online em abril de 2020, um aumento surpreendente de 98% se comparado com o mesmo período do ano anterior (fonte: Compre&Confie).
Pesquisas Relevantes:
Pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva: Impactos da Pandemia no Comportamento do Consumo do Brasileiro
A pesquisa ouviu mais de 2 mil pessoas sobre comércio eletrônico e reuniu informações importantes sobre os consumidores atuais. Segundo o estudo, 50% dos entrevistados que costumavam frequentar livrarias e papelarias físicas não vêem mais necessidade das compras presenciais, diante da possibilidade de comprar online os mesmos itens. A mesma migração de preferência pelo ambiente online ocorre em outros setores, como é o cenário das lojas de artigos infantis (49%), perfumarias e petshops (44%), lojas de departamento e shoppings (41%) e inclusive lojas de material de construção (38%). Obviamente não serão extintas as vendas nos ambientes físicos, entretanto, as vendas no ambiente online são bastante promissoras e merecem atenção especial para corresponder às expectativas destes consumidores.
Segundo a mesma pesquisa, 10% das pessoas não compravam pela internet e passaram a comprar durante a quarentena; 45% já compravam pela internet e passaram a comprar ainda mais nesse período; 24% já compravam e continuaram comprando o mesmo volume; 11% já compravam, mas passaram a comprar menos; e 10% não fazem compras online.
O presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, arrisca uma previsão quanto à mudança da experiência de vendas, tendo em vista a possibilidade de consumidores comprarem online e retirarem na loja física, ou o contrário, comprar fisicamente e pedir para entregar em casa. Para ele, as lojas físicas serão integradas com as lojas online, criando um ambiente de experimentação de compra e possivelmente a transformação dos espaços físicos, como os hipermercados, sendo transformados em minicentros de distribuição de produtos e serviços.
Pesquisa realizada pela Mastercard: Relatório Global Outlook 2021
Segundo o relatório, 46% dos brasileiros entrevistados aumentaram o volume de compras online durante a pandemia. Além disso, 36% dos entrevistados pretendem fazer mais compras online do que físicas e, até para se alimentar, 27% dos entrevistados planejam chamar o delivery.
Pesquisa realizada pela Social Miner em parceria com a Opinion Box: O futuro do consumo num cenário pós-covid-19
Essa pesquisa trouxe dados interessantes sobre o impacto das vendas online porque 62,7% dos entrevistados afirmaram que vão fazer suas compras de mercado/feira tanto online quanto em lojas físicas e 10,9% já estão decididos a consumir somente online.
Certamente, os índices de compras online não permanecerão em ascensão constante após o fim da pandemia e do isolamento social. Mas o fato é que o e-commerce veio para ficar, porque para a maioria destes consumidores (72,4%) a experiência online foi positiva. Além disso, outros fatores também influenciam a aprovação do ambiente online, considerando os bons preços, ofertas, praticidade e prazos de entrega rápidos.
Se você e seu negócio ainda não estão preparados para as vendas online, atente-se às vantagens do e-commerce e às mudanças do perfil de consumo dos potenciais clientes. É necessário se adaptar e buscar não perder espaço para concorrência. E como disse o presidente do Instituto Locomotiva, “na prática, o século 21 do ponto de vista do varejo, começa agora”.